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Palavra da Diretoria: Sindojus/MG faz balanço ao final de mais um ano

segunda-feira, 19/12/2016 17:37

Prezado filiado,

Mais um ano se encerra! Mais um ano de muitas lutas, desafios, dificuldades e também de vitórias.

Nesse momento, muitos podem pensar naquela velha teoria de que não se deve olhar para trás. No entanto, olhar para trás, para nós, significa aprendizado. É hora de colocarmos na balança nossos erros e acertos, melhorar o que deu certo e corrigir as falhas que cometemos.

Em nossa caminhada tínhamos certeza que as dificuldades estariam presentes em nosso trajeto, e realmente estiveram. O país tomou real conhecimento da amplitude da crise, que até determinado momento, e na visão de alguns, se concentrava no aspecto financeiro, e se consolidou também no meio político.

O que isso poderia interferir no Sindojus/MG? Talvez, muitos possam fazer essa pergunta, mas a resposta veio antes da pergunta.

Já em 2015 iniciamos o enfrentamento da crise. Como todos se lembram, foi preciso mais uma greve para que a data-base de 2015 fosse concedida. Em 2016, até o momento, não houve a consolidação da data-base. Os pleitos específicos dos Oficiais de Justiça, Gratificação por Jornada Especial, Reajuste da Verba Indenizatória de Locomoção para Diligência, Majoração do Adicional de Periculosidade e Desarquivamento do Nível de Superior na ALMG continuam sob discussão intensa com o TJMG.

Além dos desafios em negociar com o Tribunal em momentos de crise, também enfrentamos dificuldades administrativas e financeiras dentro do nosso próprio sindicato. O Sindojus/MG teve o imposto sindical (conhecido como compulsória) bloqueado pelo Ministério do Trabalho no ano de 2016, por problemas administrativos que perduravam desde 2009.

Essa situação exigiu da atual diretoria muita habilidade para transpor as barreiras da situação. O Diretor-Geral, Igor Leandro Teixeira, viajou por algumas vezes à Brasília/DF, para audiências no Gabinete do Ministro do Trabalho e Emprego, logrando êxito, em novembro de 2016, quando o imposto sindical retido foi depositado na conta do Sindojus/MG.

Além de habilidade, exigiu também muita coragem nas tomadas de decisões. Cientes do problema já em 2015, tinhamos um grande impasse: abandonar as ações planejadas para mobilização da categoria e prejudicar todo o trabalho já iniciado ou assumir o risco da execução do cronograma com possibilidade de faltar os recursos necessários para manutenção da entidade? Essa resposta todos já conhecem!

Foram realizadas diversas viagens ao interior. O Estado foi dividido em 18 regiões e todas elas foram visitadas com, pelo menos, uma visita em cada região e três reuniões em Belo Horizonte, fora as assembleias realizadas na capital. Mais de 140 delegados sindicais foram nomeados e aproximadamente 1000 oficiais participaram dos encontros. Saltamos de aproximadamente 1300 filiados no início da gestão para perto de 1700. A receita com contribuições espontâneas teve crescimento aproximado de 50% (cinquenta por cento). A sede do Sindojus/MG foi reformada e se tornou mais moderna e, principalmente, mais funcional. A informatização inovou a forma de administrar, novos convênios com instituições de qualidade comprovada foram firmados e outros estão em fase de finalização de contratos. As verbas indenizatórias tiveram recomposição inflacionária e ainda se negocia novos reajustes.

Somando-se a tudo isso, a diretoria do Sindojus/MG tem atuado firmemente junto à Corregedoria-Geral de Justiça para evitar distorções na função de Oficial de Justiça Avaliador. Temos atuado tanto de forma coletiva, como individual e, principalmente, com atuações diretas nas comarcas que procuram o Sindojus/MG com questões que envolvem apenas aquela localidade. Como exemplo mais recente, citamos a Comarca de Caratinga, que motivou o protocolo de Pedido de Providências de Controle Administrativo junto ao CNJ e também o Pedido de Providências junto à CGJ em relação à baixa indevida de mandados como “não cumpridos” na Comarca de Belo Horizonte.

Analisando esse brevíssimo resumo, vemos que olhar para trás não é tão ruim assim. Percebemos que, às vezes, vitória não é ganhar algo novo, é também manter o que já temos, é auxiliar os que necessitam, consolidar o justo e, principalmente, na vida sindical, primar pelo coletivo.

É, pensando bem, continuaremos sempre olhando o passado para planejarmos melhor nosso futuro!

Desejamos a todos um Natal repleto de alegria e um 2017 cheio de surpresas positivas, com a certeza de que essa diretoria continuará atuando com a mesma habilidade e coragem para o alcance de nossos anseios.

Igor Leandro Teixeira

Diretor Geral do Sindojus/MG