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Digamos “não” aos anos de chumbo!

terça-feira, 10/12/2013 20:48

Foto conjunta sindojus sinjus

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Robert (de vermelho) juntamente com diretores do próprio Sinjus/MG e do SINDOJUS/MG, durante a greve de março de 2012

FOTO-CONJUNTA-SINJUSFoto conjunta sindojus sinjus

O grito contra as injustiças não pode calar!Foto conjunta sindojus sinjus

O SINDOJUS/MG manifesta seu apoio e solidariedade ao coordenador geral do SINJUS/MG, Robert França, diante da ameaça por ele sofrida na tarde dessa segunda-feira, 9 de dezembro, ao participar de um debate no programa Chamada Geral, da Rádio Itatiaia, sobre o anteprojeto de lei aprovado pelo Órgão Especial do TJMG que prevê o acréscimo de vários benefícios aos subsídios dos magistrados do Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais. O debate, segundo o próprio apresentador do programa, jornalista Eduardo Costa, foi motivado pelo grande número de e-mails de servidores recebidos por aquela emissora reclamando direito de resposta pelas declarações do presidente da Amagis, desembargador Herbert Carneiro, que foram ao ar na edição do dia anterior do Chamada Geral, desmentindo as denúncias dos representantes do Sinjus/MG sobre os penduricalhos previstos no anteprojeto para os magistrados.

O coordenador geral do Sinjus/MG não se intimidou, em momento algum, com a presença o presidente da Amagis. Também, na mesma medida, o respeitou como servidor público, ocupante do cargo de juiz, e como representante da sua classe. Esquivando-se de todas as irregularidades apresentadas pelo sindicalista, ao final do debate o desembargador anunciou que apresentaria queixa-crime contra Robert por este ter dito que os adicionais pretendidos pelos magistrados são um assalto ao dinheiro público. Mesmo com o sindicalista explicando que sua denúncia é contra a política equivocada da administração do Tribunal, o magistrado manteve sua ameaça de processá-lo.

Ouça aqui a íntegra do debate na Itatiaia, leia aqui a matéria com a repercussão sobre o debate, publicada no site do Sinjus/MG, e, abaixo, a posição do SINDOJUS/MG sobre esse episódio:

Não é ameaça que vai calar a boca deste companheiro, sindicalista de primeira linha, que vem lutando pela valorização e dignidade não só dos trabalhadores da Segunda Instância, mas de todos os trabalhadores do Judiciário mineiro. O SINDOJUS/MG convoca todos os oficiais de justiça a, em solidariedade ao companheiro Robert, encaminharem e-mails, telefonemas, mensagens de apoio, para que a liberdade sindical seja respeitada na sua plenitude (robert@sinjus.org.br, 3213-5226).

O maior óbice aos trabalhadores do Poder Judiciário de Minas Gerais, no sentido de se implementar de forma eficiente a prestação jurisdicional (com as condições básicas e necessárias de trabalho), são as administrações equivocadas do TJMG, quando ferem as garantias constitucionais dos seus servidores, dentre as quais a isonomia. É direcionada à elas, portanto, que as categorias têm que unir todas as suas forças para fazerem valer os seus direitos e conterem todos os abusos que vêm sendo cometidos contra as mesmas, quando favorecem uma minoria e, neste caso especificamente, os membros da Magistratura, em detrimento da grande maioria que realmente faz movimentar a máquina judiciária (oficial de apoio, oficial judiciário, comissário, oficial de justiça, escrivão, contador, psicólogo, agente judiciário, assistente social etc.). Afinal, de que vale a autonomia financeira no TJMG, quando for aplicada para favorecer somente os juízes e desembargadores?

Assim como sindicalistas foram ameaçados de morte, presos, torturados e até mesmo assassinados nos anos de chumbo, não vai ser em plena democracia instalada com a promulgação da Constituição de 1988 que a voz da liberdade, da igualdade e da fraternidade irá se calar através de ameaças. Ameaças descabidas e desprovidas de qualquer fundamentação jurídica. Avante, companheiro Robert. Avante, bravos companheiros sindicalistas de todo o Brasil. Contem sempre com o nosso apoio.