Enquanto isso, parlamentares iniciavam mediação nas negociações entre o Tribunal e a categoria

Depois de finalizadas as assembleias gerais extraordinárias em que os servidores da 1ª e da 2ª Instâncias deliberaram, mais uma vez, pela continuidade da greve geral por tempo indeterminado, eles se juntaram aos oficiais de justiça, que na última segunda-feira também tomaram a mesma decisão, e realizaram uma grande passeata nessa quarta-feira, 17, partindo da porta do TJMG, passando pela avenida Afonso Pena e indo até a Praça Sete, miolo central da capital mineira.

Com bandeiras, faixas e cartazes, e ao som de apitos, gritos de guerra, paródias e discursos inflamados, os manifestantes, pedindo desculpas à população pelos transtornos e esclarecendo que o movimento paredista visa apenas garantir uma remuneração digna para os servidores do Judiciário mineiro, a fim de oferecer uma prestação jurisdicional cada vez mais qualificada, procuraram mostrar aos belo-horizontinos os abusos que vêm sendo cometidos pela administração do Tribunal ao quebrar o acordo firmado com os sindicatos de que implementaria, ainda neste ano, o reajuste escalonado. É isso aí: se, por um lado, a mídia tenta ignorar o movimento grevista, por outro, os servidores mostram sua força e a legitimidade das reivindicações.

Atendendo requerimento apresentado pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT) e aprovado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa na audiência pública realizada na última sexta-feira, 12, o presidente do TJMG, desembargador Joaquim Herculano Rodrigues, recebeu nessa quarta-feira, 17, o próprio parlamentar e os também deputados estaduais Rogério Correia (PT) e Durval Ângelo (PT), dando início, assim, à mediação dos representantes do Legislativo nas negociações entre o Tribunal e os servidores.

Nesta quinta-feira, 18, haverá reunião dos representantes dos sindicatos com o presidente do TJMG, com a presença dos parlamentares. O SINDOJUS/MG lembra a todos os oficiais de justiça avaliadores mineiros que a entrada de representantes do Legislativo vem mostrar, mais uma vez, a força e a legitimidade do nosso movimento grevista. E estejam certos de que qualquer proposta que seja apresentada pela administração do Tribunal só será aceita com a aprovação da categoria. Portanto, mantenham-se mobilizados, de braços cruzados.

Só com pressão e o exercício do nosso legítimo direito constitucional de greve conseguiremos “convencer” a administração do Tribunal do seu erro e da sua obrigação de cumprir o acordo firmado com a categoria.

Fotos da passeata