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16 e 17 de outubro: “O petróleo é nosso”

terça-feira, 15/10/2013 19:55

Vamos todos juntos lutar pela soberania nacional e pelo petróleo brasileiro

Os trabalhadores da Petrobras e subsidiárias iniciaram na última quinta-feira (10) assembleias em todo o país para avaliar o indicativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) de greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (17). Os petroleiros exigem a suspensão imediata do leilão do campo de Libra, a maior descoberta mundial de petróleo dos últimos anos. A categoria, com o apoio da CUT e dos movimentos sociais, vai intensificar a luta pela derrota do PL 4330/2004, que torna a terceirização sem limites.

O indicativo foi decidido pela FUP e seus sindicatos em reunião na última quarta-feira (9), em Brasília, onde estão acampados com os movimentos sociais, desde o dia 2, na Esplanada dos Ministérios, pressionando o governo a cancelar a licitação do Campo de Libra, marcada para o próximo dia 21.

No dia 17 de outubro, data indicada para o início da greve dos petroleiros, haverá mais uma grande manifestação nacional contra o leilão de Libra, com marchas e mobilizações em vários estados do país.

Nos últimos meses, a categoria tem realizado uma intensa campanha nacional junto com a CUT e demais centrais sindicais, diversas entidades populares e organizações sociais para impedir que o governo leiloe o campo de Libra.  Além do “Acampamento da Soberania”, em Brasília, os petroleiros já realizaram greve de 24 horas, atos e manifestações públicas,  exigindo a suspensão imediata do leilão.

Outro ponto central da greve da categoria é a retirada de tramitação do Projeto de Lei 4330/2004, que sob o pretexto de regulamentar a terceirização, piora consideravelmente as condições de trabalho e ataca direitos históricos da classe trabalhadora. Além disso, os petroleiros lutam por avanços na campanha reivindicatória. No dia 7, a Petrobrás apresentou uma proposta que não atende aos trabalhadores e a FUP e seus sindicatos indicaram a rejeição.

A empresa propôs 7,68% na tabela da RMNR, que significa um ganho real entre 1,17% a 1,5% e um abono correspondente a uma remuneração ou R$ 4 mil, o que for maior. Porém, os petroleiros reivindicam 5% de ganho real, condições seguras de trabalho para todos, fundo garantidor para os trabalhadores terceirizados, melhoria dos benefícios, mudanças no PCAC, Petros e outros.

Regap

Começaram no domingo (13), as assembleias com os trabalhadores da Regap e da Termelétrica Aureliano Chaves para avaliar o indicativo do Conselho Deliberativo da FUP. Por considerar a proposta incompleta e por não avançar nas cláusulas econômicas e sociais, o Conselho indicou a rejeição da mesma e greve por tempo indeterminado a partir do dia 17.

Articulação contra o leilão de Libra em Minas Gerais

Em Minas Gerais, os movimentos sindicatos e sociais articularam um calendário de lutas para impedir o leilão do Campo de Libra previsto para o dia 21. Veja abaixo a programação:

Dia 16/10 (quarta-feira) –  das 6 horas  às 8 horas – Panfletagem em cinco estações  do metrô:
– Eldorado
– Lagoinha
– Central
– São Gabriel
– Vilarinho

Dia 16/10 – das 10 horas às 16 horas – Atividade na Praça Sete com caixa de som para divulgar o Dia Nacional de Luta contra o Leilão de Libra (17 de outubro) e com distribuição de panfletos.

18 horas – Debate na CUT/MG com a participação do Sindipetro/MG e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB);

Dia 17/10 – Dia Nacional de Luta contra o Leilão de Libra, com passeata na capital;

Dia 21/10 – Ato público com participação de todas as centrais sindicais e movimentos sociais no local do leilão.

O Sindipetro/MG convoca a categoria petroleira de Minas Gerais a participar das atividades que acontecerão, principalmente no Dia Nacional de Luta contra o leilão do Campo de Libra, que será na quinta-feira, 17. Além disso, ressalta a importância dos petroleiros comparecerem no debate a ser realizado na CUT/MG. Vamos, juntos, lutar pela soberania do Brasil!

Fonte: Sindipetro/MG e FUP (Federação Única dos Petroleiros)