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Mídia brasileira: o 4º Poder? Ou o 1º…

terça-feira, 05/03/2013 16:51

Concentração midiática é fábrica de bilionários

O SINDOJUS/MG tem divulgado repetidas vezes a forma tendenciosa com que os grandes veículos de comunicação vêm abordando as diversas questões de grande interesse nacional. Qualquer fato – no Legislativo, no Executivo ou no Judiciário – é abordado com claro direcionamento para os interesses da direita ultraconservadora. O episódio mais claro dessa predileção dos barões da mídia foi a cobertura do julgamento do chamado Mensalão, no período de agosto a dezembro do ano passado. Todos os noticiários se voltaram para a condenação dos réus. Claro, a punição a todos eles implicaria a execração pública do Partido dos Trabalhadores, que lhes usurpou, desde 2003, o Poder à frente do qual estiveram, quase sempre, em toda a história do país. Ao longo do julgamento, deixaram de lado quaisquer questionamentos feitos pelos advogados de defesa dos réus. Enquanto isso, joga por debaixo do tapete, ignorando por completo, esquemas mais antigos de desvio de dinheiro público envolvendo políticos da direita, como foram os casos do Mensalão Mineiro ou Tucano, do Mensalão do DEM, da Lista de Furnas, sem contar a escancarada compra de votos para a emenda da reeleição, protagonizada pelo “blindado” Fernando Henrique Cardoso. E as mazelas do ex-ministro, ex-governador de São Paulo e candidato derrotado à Prefeitura da capital paulista, José Serra, e do próprio FHC (e sua equipe de governo), denunciadas no livro Pirataria tucana.

O PT não é um templo de santos. Longe disso. A distribuição de dinheiro para compra de apoio de parlamentares, ao que tudo indica, existiu, e talvez continue existindo. Mas a sigla das estrelinhas apenas optou pela continuidade do clientelismo, que sempre imperou no centro do Poder, para garantir apoio ao governo. Mas o que a sociedade brasileira exige é um tratamento igualitário, honesto e não tendencioso da imprensa. Principalmente, dos veículos de radiodifusão, que se beneficiam de uma política obscura de concessão pública.

Quem paga por toda a conta resultante dessas relações obscuras reinantes entre os poderes, com total anuência da mídia, é o trabalhador da iniciativa privada, os servidores públicos, os segmentos menos protegidos da sociedade brasileira.

A propósito do reino da mídia conservadora no país, confira a matéria abaixo, publicada no site do Brasil 247 (www.brasil247.com).

Concentração midiática é fábrica de bilionários

Dos 46 bilionários brasileiros, nada menos que seis (o equivalente a 13% da lista da Forbes) são ligados aos meios de comunicação. São eles: Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, da Globo, Roberto Civita, da Abril, Silvio Santos, do SBT, e Edir Macedo, da Record. Será que Rui Falcão, presidente do PT, tem razão quando diz que “meia dúzia de famílias” controlam a informação no País?

O Partido dos Trabalhadores se prepara para a guerra. Quer recolher assinaturas para convencer o governo da presidente Dilma e o Congresso Nacional a votarem uma Lei de Meios, que desconcentre a propriedade dos meios de comunicação no País e democratize a informação. De acordo com Rui Falcão, presidente da legenda, uma “meia dúzia de famílias tem o monopólio da mídia no Brasil” (leia mais aqui). O jornal Estado de S. Paulo, por sua vez, condena o projeto do PT, afirmando tratar-se de censura disfarçada de democratização (leia aqui).

Seja como for, o fato é que a alta concentração midiática no Brasil tem sido uma fábrica de produção de bilionários. De acordo com a lista da Forbes divulgada nesta semana, o Brasil tem 46 pessoas com fortuna acima de US$ 1 bilhão. Destes, seis são ligados aos meios de comunicação (confira aqui a relação completa). A lista dos bilionários da mídia é liderada por Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, os dois primeiros com US$ 8,7 bilhões e o terceiro com US$ 8,6 bilhões. Suas fortunas, somadas, alcançam US$ 26 bilhões, mais do que os US$ 17,8 bilhões de Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev e homem mais rico do Brasil.

Atrás deles, aparecem Roberto Civita, dono da Abril, com US$ 4,9 bilhões, Silvio Santos, dono do SBT, com US$ 1,3 bilhão, e Edir Macedo, dono da Record, com US$ 1,1 bilhão. E isso sem falar em outras famílias, como os Frias, da Folha, e os Saad, da Band, que talvez tenham patrimônio bilionário, mas não foram mapeados pela Forbes.

A questão é: essa alta concentração de poder faz bem ao Brasil?”

Fonte: www.brasil247.com