Geral

Greve da 2ª Instância

segunda-feira, 28/11/2011 19:20

Ato público cobra fim da terceirização e transparência no orçamento do TJMG

O SINDOJUS/MG, através do presidente Wander da Costa Ribeiro e da vice-presidente Ana Luiza Carneiro, marcou presença em mais um ato público realizado pelo SINJUS, nesta segunda-feira (28 ), dentro das atividades da greve por tempo indeterminado da 2ª Instância iniciada na última quarta-feira, 23 de novembro. Desta vez, a concentração se realizou em frente ao prédio do TJMG da avenida Raja Gabaglia.

Como de praxe, o principal alvo foi o desembargador Cláudio Costa, questionado, principalmente, sobre a falta de transparência na gestão do orçamento do Tribunal. Os manifestantes salientaram que o presidente do Tribunal não é o dono do orçamento e cobraram transparência. “A sociedade exige e tem direito de saber como é gasto. Trata-se de dinheiro público e a Constituição Federal manda que todos os orçamentos devem ser públicos, geridos dentro da moralidade”, lembraram.

Os participantes do ato de hoje também denunciaram os abusos da administração do Tribunal em relação à terceirização no Judiciário mineiro. Protestaram dizendo que mais de R$ 100 milhões são destinados à terceirização e que isso só beneficia as empresas prestadoras desse serviço, que não têm qualquer compromisso com o serviço público, o que tem contribuído para o descrédito da prestação jurisdicional perante a sociedade, e ainda ficam cada vez mais ricas com a exploração descarada de seus funcionários.

“Cláudio Costa omisso, Judiciário submisso” ou “Servidor na rua; Cláudio Costa, a culpa é sua”, foram os refrões mais repetidos pelos manifestantes no ato de hoje, ao reclamarem mais uma vez do descaso com que o presidente Cláudio Costa trata as questões de interesse dos seus servidores e sua submissão em elação ao Executivo. A arrecadação do estado aumenta, as sucessivas autorizações de verba suplementar vão sendo aprovadas, sem nenhuma clareza quanto à destinação dos valores, enquanto passivos antigos vão ficando para trás e necessidades urgentes dos servidores, como data-base, verba indenizatória de transporte dos oficiais de justiça e o adicional de periculosidade são solenemente desrespeitados e ignorados.

O que fica mais claro da greve da 2ª Instância, a cada dia que passa da greve, é a convicção dos servidores de que a greve é a única saída, neste momento, para conseguirem alguma movimentação ou atitude por parte do Tribunal no sentido do atender aos pleitos da categoria. Por isso, a adesão aumenta a cada dia. E o SINDOJUS/MG continua firme ao lado do SINJUS e dos colegas da 2ª Instância, participando das atividades de mobilização e conclamando todos os oficiais de justiça e demais colegas da 1ª Instância a seguirem o mesmo caminho e a darem todo o apoio que venha engrossar e reforçar esse movimento paredista.

À luta, companheiros!