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Manifestação em BH

quarta-feira, 07/12/2011 17:06

Movimentos sociais promovem a 2ª Marcha Fora Lacerda na segunda-feira, 12

Os movimentos sociais vão realizar na segunda-feira (12), dia do aniversário de Belo Horizonte, a 2ª Marcha Fora Lacerda: BH é nossa. A manifestação começa às 14 horas, na Praça Sete. O objetivo do protesto é mostra a indignação dos movimentos sociais com os abusos do prefeito da capital mineira e fazer mais denúncias contra Márcio Lacerda.

As entidades, coordenadas pelo Movimento Fora Lacerda, vão se manifestar contra as parcerias público-privadas para a educação, saúde e outras; a verticalização predatória e as obras mal planejadas; a destruição desordenada e inconsequente do meio-ambiente; o despejo e remoção forçada das Comunidades Dandara, Zilah Spósito e outras; a militarização da Guarda Municipal e a perseguição à população de rua e aos artesãos nômades.
 
Os movimentos sociais exigem um Metrô público, estatal e de qualidade; respeito e diálogo com os setores da juventude e da cultura e uma administração humanista e que dialogue com todos os setores da sociedade.

O Movimento Fora Lacerda surgiu da indignação de várias pessoas com a administração atual e da possibilidade de repetição da candidatura de Lacerda. O movimento é independente, apartidário e solidário aos diversos movimentos de enfrentamento aos desmandes do prefeito. Sua visão é antineoliberal, por uma administração humanista, inclusiva e com a participação popular. Além de não estar ligado a nenhum partido político, os integrantes do movimento rejeitam qualquer proposta para atrelamento a algum futuro candidato à prefeitura.

A independência do Movimento Fora Lacerda é uma forma de demonstrar como a sociedade civil organizada pode influenciar e alterar os cursos políticos de uma cidade marcada por uma administração elitista, excludente e avessa à participação popular.

O Movimento Fora Lacerda enumera as medidas descabidas tomadas pelo prefeito Márcio Lacerda:

– Nomeação do próprio filho, Tiago Lacerda, para a direção do Comitê Local de Organização da Copa 2014;

– Gastos de 876 mil reais em aluguel de jatinhos particulares, para deslocamento pelo país;

– Venda da Rua Musas, no Bairro Santa Lúcia, para a construção de um Hotel para a Copa 2014;

– Lançamento de Edital excludente para a Feira Hippie, na tentativa de retirar artesãos tradicionais e substituí-los por ONGs e empresas ligadas ao Prefeito;

– Mudança da classificação de tráfego das ruas Albita, Bernardo Figueiredo, Ouro Fino, Opala, Oliveira e Cobre, no Bairro Cruzeiro, para viabilizar a construção de um grande shopping onde é atualmente o Mercado Distrital;

– Lançamento das parcerias público privadas (PPPs) da saúde e educação – o que ainda podemos barrar –, que transferem para a iniciativa pri­vada a construção, a manutenção, a limpeza e a segurança de escolas e centros de saúde;

– Aumento dos gastos com publicidade de 4 milhões em 2010, para 32 milhões em 2011;

– Desapropriação inexplicada do Campo do Santa Tereza, que há mais de 30 anos serve à comunidade;

– Obras realizadas sem projetos para minimização de transtornos nas regiões da Savassi e da Av. Pedro I;

– Loteamento da Mata dos Werneck – uma das poucas áreas verdes da cidade –, para a construção de hotéis para a Copa. Uma ameaça à sobrevivência do centenário Quilombo Mangueiras e dos últimos fragmentos dos biomas Mata Atlântica e Cerrado ainda preservados;

– Intransigência na negociação com as comunidades Dandara, Camilo Torres, Irmã Doroty e Torres Gêmeas, que sofrem pressão e ameaças para desocupar áreas abandonadas que ocuparam, sem que a Prefeitura apresente proposta de indenização ou moradia para as famílias;

– Perseguição aos moradores de rua e artesãos nômades, recolhendo seus pertences, documentos, roupas e cober­tores, na tentativa de impedir a circulação destes no centro da cidade;

– Reforma do Teatro Francisco Nunes prometida em campanha para 2009 e começada apenas em 2011;

– Decreto proibindo a realização de eventos na Praça da Estação, depois substituído por outro que cobra pelo uso e exige segurança, limpeza e cerca particular para a Praça, medida que permite apenas que grandes empresas realizem eventos naquele local;

– Cancelamento do FIT 2010, que só foi realizado depois de forte pressão dos artistas.

 Fonte: www.minaslivre.com.br